Pensar, Fazer e Falar de Ciências


Instituição executora: Science Oxford

País: United Kingdom

Fonte: Education Endowment Foundation

Período de execução: 2012 - en curso

Plataforma de Prácticas Efectivas:

Desafios

Tornar as lições de ciências nas escolas primárias mais práticas, criativas e desafiadoras.

Solução

Um programa de formação a docentes em termos de pedagogia inovadora, baseada na prática e centrada na criança.

Resultados

Os alunos participantes tiveram um aumento no desvio padrão de 0,22 nos seus resultados em ciências, com impacto ainda maior nas meninas (+0,32) e nos alunos com dificuldades (+0,38).

Pensar, Fazer e Falar de Ciências “Thinking, Doing, Talking Science” (TDTS) é um programa de formação de docentes em termos de pedagogia inovadora baseada na prática e centrada na criança. A intervenção contém uma série de ferramentas e estratégias, que embora destinada a orientar professores, não são receitas “prontas para uso”. O objetivo é também encontrar sua própria forma de fazer, isto é, desenvolver sua capacidade inovadora.

A iniciativa é produto da colaboração entre o Science Oxford (o setor público da Oxford Trust) e uma equipe da Universidade de Oxford Brookes. A intervenção é implementada ao selecionar os professores de ciências de cada escola, que serão capacitados durante 5 dias por profissionais do programa. Aqueles professores deverão logo compartilhar os conhecimentos adquiridos com seus colegas, para que eles também possam experimentar a metodologia TDTS. As técnicas pedagógicas do TDTS abrangem tanto a capacidade dos professores de fazer perguntas aos seus alunos – para que eles construam seu próprio conhecimento – como discussões em grupo em sala de aula, exercícios práticos, entre outros. Desta maneira, a capacitação centra-se em três elementos chaves do processo de aprendizagem em ciências: pensar, compartilhar e praticar.

Na Inglaterra, a escolaridade das crianças nos níveis primários e secundários, abrange quase toda a população em idade escolar (99,85% e 98,28% respectivamente no ano de 2014). As taxas de participação líquida continuam a crescer desde o ano de 2006, sobre todo o nível secundário (aumentando em 6 pontos percentuais). Entretanto, o Informe do Programa Internacional para a Avaliação de Estudantes, o Informe PISA da OCDE, destacou uma redução nos níveis de compreensão em leitura em parte da população inglesa de 15 anos de idade logo acima da média dos países avançados (492 contra 490 respectivamente). Isto significa que existem países que obtém maior desempenho (Finlândia, Austrália entre outros).

Devido a esta situação descrita, o Ministérios da Educação da Inglaterra propôs dentro de seus eixos estratégicos (plano 2015-2020) a necessidade de promover os métodos de ensino centrados na criança.

Entre 2013 e o 2014, o Institute for Effective Education (IEE) avaliou o programa Thinking, Doing, Talking Science (TDTS) com o objetivo de apreciar seus impactos sobre os resultados e comportamentos das crianças com relação à ciência. Deste modo, 655 alunos do 5° ano, divididos em 21 escolas, foram selecionados para participar do estudo experimental, onde 328 deles receberam a intervenção.

A comparação dos resultados médios, antes e depois da intervenção, demonstrou que os alunos participantes tiveram um aumento no desvio padrão de 0,22 nos seus resultados em ciências, com impacto ainda maior nas meninas (+0,32) e nos alunos com dificuldades (+0,38). As entrevistas realizadas com professores indicam uma melhora nas discussões em sala de aula e uma redução da necessidade de realizar exercícios escritos. Considerando os custos relativamente baixos do programa (£26 por aluno) o Thinking, Doing, Talking Science (TDTS) representa uma inovação eficaz e oportuna para melhorar o desempenho científico dos alunos no nível primário.

Impacto das intervenções:

Gráficos: Impacto medido nos desvios padrões do grupo de intervenção em comparação com o grupo de controle

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